segunda-feira, 27 de abril de 2009

O blog continua...

Olá pessoal! Conversei com o Tiago e ele pediu que mantivéssmos o Blog em atividade. Então, sempre que puderem postem alguma coisa. Também falei para o mesmo que sentimos a falta dele na última aula, porém entemos as razões de sua desistência, afinal a vida é assim mesmo para qualquer um, cheia de altos e baixos, mas são estes percalsos é que nos fazem a crescer e nos ensinam muitas lições. Para o Tiago fica aqui registrado o meu desejo e acredito de todos os demais colegas da Faculdade que tudo esteja superado em breve! Geovani

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Reflexão..... Quando lemos em “A República de Platão” o pensamento político de Sócrates , vemos alguma semelhança com o que ocorre atualmente na esfera política nacional ou internacional?
Sócrates combatia a alienação que havia tomado conta dos habitantes de Atenas, visto que os últimos se recusavam a pensar. A geração socrática estava perdendo de vista o real sentido das estruturas sociais e das instituições tradicionais. A vida estava sendo “mecanizada”. Ninguém parava para pensar por qual razão fazia as coisas. O sentimento de coesão comunitária, de solidariedade entre grupos e pessoas estava sendo substituído por uma espécie de egoísmo privado, sobretudo o elaborado pelo discurso político construído pelos sofistas. Sócrates colocava que cada um pensava em si, em sua prosperidade pessoal, abrindo mão da busca do essencial na política, daquilo que realmente importa na vida da pólis grega; que é a busca pela sabedoria, pela realização do homem que, na qualidade de ser pensante, é único animal da natureza dotado de razão. Assim como Sócrates, Platão abominava o sistema democrático, pois ambos não viam condições de que pessoas que não fizessem do ato de pensar uma profissão terem a capacidade de administrar o que quer que fosse na esfera pública - quando muito, somente o próprio lar, instituição circunscrita à esfera privada. Para Sócrates, o único governante capaz de dirigir a pólis é o racional, ou, em outras palavras, o lógico seria o governo regido pelo “homem que sabe”, o que gerou para Platão mais tarde , o desenvolvimento da idéia do "Rei-Filósofo".
O objetivo platônico foi o de demonstrar que um sistema que toma suas decisões por intermédio de "muitas cabeças" – o que equivaleria a nenhuma, pois, movidas pela mera “doxa” = opinião, e não pela verdade – não consegue sequer ser coerente com os postulados que diz defender.

sábado, 4 de abril de 2009

O que é Conhecimento?

Conhecimento é o ato de compreender algo usando o raciocínio. É fundado com base na fé, na razão, na cultura ética e moral, na estética e na experimentação. Pode ser compreendido pelo sujeito que conhece, pelo objeto a ser conhecido e pela imagem. Há alguns tipos de conhecimento: Conhecimento Empírico que é o modo comum de se conhecer sem que haja procura ou reflexão; Conhecimento Científico que se preocupa em analisar e sintetizar explicações e soluções; Conhecimento Filosófico que é adquirido quando se procura respostas para interrogações e questionamentos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

MITO DA CAVERNA

O Mito da Caverna:

É uma metáfora apresentada pelo Filósofo Platão para ilustrar sua crítica ao mundo das aparências.

Primeiro momento: A prisão

O mito: Diversos indivíduos vivem em uma caverna presos por grilhões. Estes prisioneiros observam o movimento das sombras que são projetadas em uma parede por um feixe de luz que entra através de uma fenda. Sem saber da existência do mundo fora da caverna os cativos acreditam que estas sombras que refletem o contorno das coisas reais de fora da caverna são a própria realidade.

O Significado:

  • A caverna: representa o mundo da aparência.
  • Os prisioneiros: as pessoas comuns em sua vida rotineira.
  • Os grilhões: os preconceitos e opiniões que mantém as pessoas em estado de ignorância.
  • As sombras: Ilusões, falsas “verdades” que levam o homem ao erro (fazendo-os pensar que o que parece ser é).

Segundo momento: A Fuga

O mito: Um dos prisioneiros foge da caverna, rompendo suas algemas e enfrentando um sofrido caminho de fuga.

O Significado:

  • O fugitivo: é o sujeito questionador que não se contenta em aceitar passivamente as coisas.
  • O caminho para liberdade: é o caminho da crítica.
  • O sofrimento provocado pela caminhada: representa à resistência as novas idéias, a reação inicial de estranheza ou negação diante a novidade e inovação.
  • A ferramenta que liberta o prisioneiro: é a filosofia.

Terceiro momento: A contemplação

O mito: O fugitivo encontra a saída e do lado de fora da caverna, depois de se acostumar com a claridade observa o sol no alto do céu.

Significado:

  • O lado de fora da caverna: representa a realidade.
  • O sujeito que saí da caverna: é o sábio (o Filósofo).
  • O sol: a verdade.

Quarto momento: O Retorno

O mito: O fugitivo retorna a caverna para libertar seus amigos de masmorra.

Significado:

  • O fugitivo é o educador, o político, o filósofo.
  • A morte: representa a força da resistência do velho e do poder consolidado, a passividade e conformismo contra a criatividade e inovação.
(Versão reduzida e estilizada do Mito para fins pedagógicos) fonte: http://pensamentoradical.blogspot.com/2008/05/o-mito-da-caverna-uma-metfora.html

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DICAS PARA ENTENDER/ COMPRENDER MELHOR OS LIVROS DE FILOSOFIA

É possível aprender a ler textos filosóficos - textosdissertativo-argumentativos por excelência, entendo as particularidades desse tipo de texto.É importante destacar que um texto filosófico não é, a priori, uma narração, mas uma dissertação e uma dissertação argumentativa, não-expositiva. Nesse sentido, ele não visa a transmitir informações como por exemplo um texto jornalístico. O texto filosófico, de um modo geral, propõe uma tese e a defende através de argumentos. Ele não é um texto literário e a elegância de estilo, além de não ser obrigatória, pode constituir uma inimiga do rigor e da precisão.Considerando tudo isso, o objetivo da leitura de um texto filosófico não é tomar conhecimento de algo, não é informar-se, não é deleitar-se esteticamente com as palavras. O objetivo da leitura, no caso da filosofia, é o entendimento do texto. Nesse sentido, a primeira pergunta que devemos nos colocar aqui é: o que significa entender um texto?Em primeiro lugar, por entendimento podemos estar nos referindo à compreensão literal do texto, que consiste na capacidade de repetir aquilo que ele diz. Num segundo momento, podemos aludir à capacidade de parafraseá-lo, isto é, de repeti-lo ou reproduzi-lo, usando nossas próprias palavras. Mas a definição mais completa vai além dessas duas etapas. Traduzir e superar dificuldadesEntender um texto é ser capaz de "traduzi-lo", isto é, torná-lo mais claro, mais explícito do que ele é originalmente, de modo que nos tornemos aptos a explicá-lo, a torná-lo compreensível a outros leitores. O entendido, portanto, é atingir o sentido do texto ou aquilo que ele objetivamente diz.No entanto, nem sempre entendemos um texto, o que pode ou não estar relacionado ao seu nível de dificuldade. De qualquer modo, o não entendimento pode ser superado. Quando não se entende um texto - ou uma passagem dele - há sempre um motivo para isso.No caso de ter havido falta de atenção, a releitura é a maneira certa de resolver o problema. Caso contrário, é preciso nos questionarmos e saber o que ou por que não entendemos.Muitas vezes, não entendemos um texto filosófico porque não possuímos os pré-requisitos necessários para entendê-lo. Muitas vezes, um filósofo escreve um livro comentando ou contextando a obra de outro filósofo e, se você desconhecer a referência à obra anterior, dificilmente vai captar com precisão o sentido daquela que está lendo. Assim, é preciso preencher os pré-requisitos, antes de ir adiante. Deixe suas crenças de ladoPor outro lado, o não entendimento pode ser proveniente de nossas próprias crenças que se transformam num impecilho à compreensão das idéias alheias. Se isso ocorre - em em geral certos estados emocionais permitem identificar quando isso ocorre -, devemos procurar separar claramente as nossas crenças das idéias do autor e não discutir com elas. Não podemos deixar, neste momento, que nossa opinião interfira e distorça o entendimento.Depois de questionarmos o que é entender um texto, é conveniente nos perguntarmos se o entendemos corretamente. Uma compreensão correta não contradiz o sentido literal do texto e leva em conta as regras da gramática (em especial, a sintaxe). Além disso, porcura a unidade que o texto deve ter, sem deixar qualquer parte solta ou nenhuma passagem de lado.Também é preciso perceber as conexões que existem entre as diversas partes do texto e, quando está nesse rumo, geralmente o leitor consegue antecipar o desenvolvimento da argumentação, prevendo o que virá a seguir. Em princípio, deve-se considerar como erro de compreensão todas as contradições encontradas no texto. Pelo menos se não surgirem provas explícitas do contrário, isto é, de que o texto tem mesmo contradições. Acertar o focoEm especial numa época em que se usam com freqüência metáforas do tipo "a minha leitura de...", "a sua leitura de...", "a leitura que Fulano fez de...", é importante deixar claro que a leitura objetiva de um texto é sempre uma mesma leitura. Ninguém descobre no texto o que nele não existe. A originalidade de uma leitura específica consiste em centrar o foco num aspecto específico que talvez tenha passado despercebido a outros leitores ou ainda que se pode desvelar com maior nitidez.O entendimento é a finalidade da leitura. O meio de que dispomos para alcançá-la é a análise. Para analisar um texto devemos desconstruí-lo no nível lingüístico, procurando reduzi-lo a uma sucessão ordenada de frases simples, na ordem direta: sujeito-verbo-predicado.Entre outros procedimentos, é importante procurar o significado dos termos que desconhecemos; identificar os pronomes presentes nas frases e saber explicitar os nomes que eles substituem; identificar os termos técnicos, substituindo-os por suas definições.Aliás, aqui é bom lembrar que algumas palavras de uso corriqueiro podem ter um sentido bem mais específico ou mais elaborado em filosofia. Você certamente sabe o que significa a palavra "substância", mas será capaz de dizer o sentido que ela tem em um texto de Aristóteles? Para isso, você pode recorrer a dicionários específicos de filosofia. Desconstrução semânticaDepois da desconstrução lingüística, chegou a hora de passar à desconstrução semântica, ou seja, em termos de conteúdo do texto analisado. Via de regra, o texto filosófico-dissertativo compõe-se de tese ou hipótese, argumentos, conseqüências, objetções e contra-argumentos, respostas às objetções, exemplos, definições e aplicação a um caso ou casos particulares.Pois bem, é preciso saber identificar cada um desses componentes e, a partir daí, estabelecer uma hierarquia, ou seja, uma ordem entre o que é mais importante e o que é menos importante, o que é essencial e o que é acessório, o que é primordial o que é secundário.Desse modo, você vai purificar o texto, libertá-lo de tudo que é inessencial e estar diante de suas idéias básicas. Com isso, o texto se tornará muito mais breve, certamente perderá sua fluência original, mas ganhará em troca uma ordem mais clara. A partir desse ponto, você já estará apto a concordar com o que é dito ou discordar disso, sabendo as razões da discordância.Sim, porque a partir desse ponto, você já ultrapassou o entendimento - ou a explicitação de sentido - e estará seguindo rumo à interpretação do texto, que vem a ser o completar esse sentido, tecendo suas próprias reflexões sobre ele, estabelecendo um diálogo com o texto lido. fonte www.uol.com.br/educação